Goleiro Bruno em Santa Luzia (Foto: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral) |
O goleiro Bruno recebeu um habeas corpus da Justiça e deve deixar o
presídio em breve. Uma liminar, deferida pelo ministro Marco Aurélio
Mello, do Supremo Tribunal Federal, permite que o jogador
recorra em liberdade da condenação pelo sequestro, morte e ocultação do
cadáver da modelo Eliza Samudio. A informação foi publicada pelo jornal
Estado de Minas e confirmada pelo GloboEsporte.com.
- O alvará
foi emitido na noite de ontem (23) e já está na Vara de Execuções
Penais de Santa Luzia - afirmou Lúcio Adolfo, advogado do atleta ao
jornal mineiro.
Segundo seu defensor, o jogador deve
deixar a prisão ainda nesta sexta-feira. Bruno está na na APAC, em Santa
Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, desde outubro de
2015. Porém, a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas
Gerais disse que não tem como precisar a data da saída do goleiro por
causa do trâmite envolvendo o processo.
Ao G1, Lúcio Adolfo explicou
que Bruno está preso apenas pelo processo relacionado à morte de Eliza,
já que em 2010 o jogador foi condenado por cárcere privado, lesão
corporal e constrangimento ilegal contra a modelo.
Com a
divulgação do habeas corpus ao goleiro Bruno, um batalhão de jornalistas
já está na porta da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado
(Apac) de Santa Luzia.
Em entrevista ao GloboEsporte.com em maio de 2016, Bruno afirmou que pretende voltar a jogar e que treinava no presídio. Ele também revelou ter tentado suicídio.
Condenação
Em 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e também pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. Ele, porém, está preso desde 7 de julho de 2010.
Em 8 de março de 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e também pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. Ele, porém, está preso desde 7 de julho de 2010.
Bruno foi condenado a 17 anos e 6
meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por
motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da
vítima), a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e
cárcere privado e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver.
A pena foi aumentada porque o goleiro foi considerado o mandante do
crime, e reduzida pela confissão do jogador.
Eliza desapareceu
em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do
filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o
jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Fonte: G1 MG
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