O Ministério
Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) reiterou, ontem, na Justiça
Federal, em Brasília, denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, o ex-senador Delcídio do Amaral, e mais cinco acusados pelo crime de
obstrução das investigações da Operação Lava Jato. Os detalhes do aditamento da
denúncia não foram divulgados em razão do segredo de Justiça.
Além de Lula e Delcídio, são alvo das investigações o ex-controlador do Banco BTG, André Esteves; Diogo Ferreira, ex-chefe de gabinete de Delcídio; o empresário José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício Bumlai, além do advogado Edson Ribeiro.
Todos os
envolvidos são acusados de tentar impedir o ex-diretor da Área Internacional da
Petrobras, Nestor Cerveró, de assinar acordo de delação premiada com a
força-tarefa de investigadores da Operação Lava Jato.
Os fatos foram
alvo de denúncia do procurador geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo
Tribunal Federal (STF). No entanto, no dia 24 de junho, o ministro Teori Zavascki
remeteu o processo à Justiça Federal em Brasília, por entender que a suposta
tentativa de embaraçar as investigações ocorreu na capital federal. Além disso,
nenhum dos envolvidos tem foro privilegiado na corte.
Denúncia
Ao confirmar a denúncia, o procurador da República no DF Ivan Cláudio Marx fez acréscimos à peça inicial, para ampliar a descrição dos fatos e as provas que envolvem os acusados.
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região ainda vai definir o juiz responsável pelo caso. Isso porque a denúncia tinha ficado com o juiz Ricardo Leite, que protagonizou polêmica na Operação Zelotes, mas a defesa pediu redistribuição porque a ele é responsável sobre casos envolvendo lavagem de dinheiro.
Ao confirmar a denúncia, o procurador da República no DF Ivan Cláudio Marx fez acréscimos à peça inicial, para ampliar a descrição dos fatos e as provas que envolvem os acusados.
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região ainda vai definir o juiz responsável pelo caso. Isso porque a denúncia tinha ficado com o juiz Ricardo Leite, que protagonizou polêmica na Operação Zelotes, mas a defesa pediu redistribuição porque a ele é responsável sobre casos envolvendo lavagem de dinheiro.
O juiz será
responsável por aceitar ou não a acusação e decidir se transformará Lula e os
outros acusados em réus por tentativa de obstrução de Justiça. Segundo a
Procuradoria Geral da República (PGR), eles teriam atuado para comprar por R$
250 mil o silêncio de Cerveró.
A PGR afirmou ao STF que Lula “impediu e ou embaraçou investigação criminal que envolve organização criminosa, ocupando papel central, determinando e dirigindo a atividade criminosa praticada por Delcídio do Amaral, André Santos Esteves, Edson de Siqueira Ribeiro, Diogo Ferreira Rodrigues, José Carlos Bumlai, e Maurício de Barros Bumlai”, e pede a condenação de todos por obstrução da Justiça.
Os
investigadores analisaram e-mail, extratos bancários, telefônicos, passagens
aéreas e diárias de hotéis. Em depoimento à PGR, Lula disse que jamais discutiu
com Delcídio a tentativa de obstruir a delação de Cerveró. A defesa de José
Carlos Bumlai tem negado acusações. A defesa de André Esteves declarou que ele
não cometeu nenhuma irregularidade.
Fonte: O Estado CE
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